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Como desenvolver produtos digitais acessíveis

A acessibilidade digital é um pilar fundamental para garantir que todos os utilizadores tenham acesso equitativo e inclusivo aos produtos digitais, como websites, aplicações, portais, etc.. Ao desenvolver produtos digitais acessíveis, não estamos apenas a cumprir diretivas legais, mas também estamos a promover uma experiência digital mais eficaz e satisfatória para todos os utilizadores. 

Neste artigo, exploraremos algumas estratégias e boas práticas para desenhar produtos digitais acessíveis, visando atender às necessidades de uma ampla gama de utilizadores. Porém, antes de mergulharmos nestas boas práticas, deixamos aqui o que entendemos serem alguns dos múltiplos benefícios da Acessibilidade Digital:

  • Inclusão e equidade: Desenvolver produtos digitais acessíveis promove a inclusão digital, permitindo que pessoas com diferentes capacidades e necessidades possam interagir e utilizar os serviços online de forma equitativa.
  • Alcance ampliado: Ao tornar os produtos digitais acessíveis, ampliamos significativamente o nosso alcance, conquistando uma base de utilizadores mais diversificada e atendendo às necessidades de um público mais amplo.
  • Experiência do utilizador aprimorada: A acessibilidade digital não apenas beneficia utilizadores com necessidades específicas, mas também melhora a experiência global do utilizador, tornando a navegação mais fácil e intuitiva para todos.
  • Conformidade legal: Desenvolver produtos digitais acessíveis está alinhado com as leis e regulamentações de acessibilidade, garantindo conformidade e evitando potenciais litígios.

Posto isto, vamos a algumas das principais boas práticas e estratégias para desenhar produtos digitais acessíveis:

  1. Cores e contrastes: Escolha combinações de cores que sejam distinguíveis por todos os utilizadores, com ou sem dificuldades visuais. Para isso é necessário garantir que existe um contraste adequado entre o texto e o plano de fundo para melhorar a legibilidade. Para reforçar a acessibilidade e clareza da informação, utilize ícones e padrões visuais.
  2. Formulários acessíveis: Utilize etiquetas descritivas para todos os campos de formulários, facilitando a compreensão e a interação para utilizadores de tecnologias assistivas. Diferencie claramente as ações principais das secundárias para uma navegação mais intuitiva.
  3. Iconografia simplificada: Mantenha os ícones simples e facilmente reconhecíveis, evitando elementos complexos que possam causar confusão. Priorize a clareza e a legibilidade para garantir uma experiência de utilizador eficaz e sugerimos que acompanhem sempre uma etiqueta representativa para tornar ainda mais acessível caso utilizem ícones como botões
  4. Botões e links: Utilize textos descritivos e claros para botões e links, evitando linguagem ambígua ou genérica como “Saiba mais” ou “Clique aqui”. Garanta que as áreas clicáveis tenham um tamanho adequado para facilitar a interação em dispositivos móveis e desktop.
  5. Organização do texto: Estruture o conteúdo com títulos claros e hierarquizados para facilitar a navegação e a compreensão. Destaque a informação mais importante no topo da página e utilize uma linguagem simples e direta.

Desenvolver produtos digitais acessíveis é essencial para garantir uma experiência inclusiva e equitativa para todos os utilizadores. Ao seguir as estratégias e boas práticas apresentadas neste artigo, as empresas e os designers podem criar produtos digitais mais acessíveis, atendendo às necessidades de uma audiência diversificada em Portugal. Ao promover a acessibilidade digital, estamos a construir um ambiente online mais inclusivo e acessível para todos os utilizadores.

Para saber mais sobre este tema, neste outro artigo abordamos a importância da inclusão digital destes utilizadores, retratando alguns dos desafios que enfrentam, assim como alguns dos passos dados, como a criação das WCAG, para que todos usufruam dos benefícios do digital.

Faça o download do white paper Acessibilidade Digital, apresentando o contexto, os requisitos legais e algumas boas práticas a serem adotadas.